Desde o desaparecimento dos Ultra Fantasmas em 1997 que a UDL não tinha nas bancadas do seu estádio um apoio organizado e constante. Havia uma necessidade urgente em trazer «sangue novo» para as bancadas do Estádio Dr. Magalhães Pessoa e, acima de tudo, criar e incutir orgulho na juventude leiriense em relação ao seumais representativo clube de futebol local, a União de Leiria.
A estreia da Frente Leiria ocorreu no dia 8 de Setembro de 2001, no jogo que opôs a UDL ao Sporting Clube de Portugal. No seu primeiro jogo a Frente Leiria conseguiu reunir mais de 200 ultras no seu sector. Foi um excelente início de campanha que, aliado a boas presenças nos jogos fora bem como a boas coreografias, colocou a Frente Leiria em claro plano de destaque nessa mesma época, estabelecendo desde logo o grupo no panorama ultra nacional.
Não obstante este crescimento notável, a FL sofreu um revés que se revelou quase fatal. Devido à construção do novo estádio municipal, a UDL viu-se forçada a fazer os seus jogos em casa na Marinha Grande, durante um ano e meio. Com a equipa a jogar fora de Leiria, todos os jogos pareciam ser jogados «fora». Desta situação resultaram consequências bastante graves e negativas no seio do grupo, que nesta altura não tinha a desejada capacidade de resposta para fazer face a este cenário. Contudo, um núcleo duro de pessoas da FL empenhou-se em segurar a claque de forma a que a continuação do projecto nunca fosse colocada em causa. Como recompensa a uma época de privações, a UDL conseguiu garantir um lugar na final da Taça de Portugal tendo como adversário os vencedores da Taça Uefa, o FC Porto.
Nessa altura, e fruto da saída de vários elementos da direcção do grupo, a FL não tinha uma liderança firme e sólida. No entanto, com maior ou menor dificuldade, as necessidades do grupo iam sendo suprimidas. Foi neste cenário que a FL conseguiu organizar a transferta até ao Jamor e transportar mais de 200 Ultras até ao Estádio Nacional. Infelizmente a UDL perdeu por 0-1, mas todos os que tiveram presentes nesse dia saíram do estádio com a certeza de que tudo fizeram para tentar empurrar a equipa para a vitória.
No final dessa mesma época, o futuro da FL estava em risco. Um grande vazio directivo ganhava forma num grupo que agora estava à deriva. Com efeito, procederam-se eleições no grupo e a lista vencedora teria de estar preparada para lidar com um cenário repleto de adversidades.
A época 2003/2004 marcou um verdadeiro ponto de viragem na curta vida da Frente Leiria. A principal causa para este acontecimento foi a inauguração do novo estádio municipal de Leiria.
Com a FL de volta à sua cidade, muitas pessoas começaram a inscrever-se na claque e o grupo soube integrá-las e enfrentar o futuro com mais optimismo.
Em Agosto de 2004, a União de Leiria alcançou a final da Taça Intertoto onde iria enfrentar os franceses do Lille. A FL preparou e concretizou aquela que foi a maior coreografia feita em Leiria, um fantástico «mosaico» a preencher a totalidade do, então, habitual sector da claque. O apoio nesse dia foi absolutamente fantástico, mas infelizmente não foi suficiente para a Taça Intertoto ficar em Leiria.
Estranhamente a claque não obteve o crescimento que era esperado e assistiu-se a um período de estagnação e de uma perigosa inércia que levou a uma certa quebra de identidade do grupo com os seus valores e postura.
Actualmente e duas direcções depois, a Frente Leiria vive um excelente momento. O grupo estabilizou e está a ser dado especial ênfase no estreitamento de relações entre os membros do grupo. Existe o sentimento generalizado de que podemos criar uma nova mística em Leiria e nos unionistas. Acreditamos fielmente que a nossa força está na nossa UNIÃO, daí o nosso lema:
Para uns uma doença, para nós uma paixão
Só unidos somos União
